quinta-feira, 3 de abril de 2014

♣ A Curiosidade não matou o gato: A origem do gato de Cheshire


Dizem que a curiosidade matou o gato, eu discordo plenamente, eu acho que a curiosidade impulsionou o felino a descobrir novos horizontes. De toda forma, pelo menos aqui no nosso blog ser curioso é bem saudável e estimula a criatividade!
Então para começar bem as atividades que tal saber de onde surgiu o nosso sorridente felino que abrilhanta a clássica história de Carroll? Vamos tentar encontrar a origem do gato de Cheshire? De onde ele veio, pra onde ele vai, com um sorriso o tempo todo, até que ele some e o sorriso é tudo que fica por um bom tempo.
Em Alice no País das Maravilhas, o Gato de Cheshire conseguiu cativar a todos, mas uma coisa é certa, Lewis Carrol não foi o primeiro autor a utilizar a expressão "sorrir como um gato de Cheshire". A primeira vez que ela foi publicada, foi em 1795 por Peter Pindar em sua obra Pair od Lyric Epistles, que contém a frase: “Lo, like a Cheshire cat our court will grin.” Peter Pindar era o psedônimo de John Wolcot, ou Wolcott, que morreu em 1819. Aparentemente o termo “sorrir como um gato de Cheshire” também é mencionado na edição de 1811 do Goss’s Slang Dictionary (dicionário de gírias).
Existem algumas teorias a respeito, eu coletei algumas no blog Pela Toca co Coelho e os transcrevi na integra, afinal eu ia acabar apenas parafraseando as teorias. Confira:
"Gatos de Chester:
Cheshire é uma região de laticínios, de longe notada por seus queijos e produtos à base de leite, e havia uma queijaria nas proximidades do rio Dee na cidadezinha de Chester, aonde havia um porto. Dizia-se que os gatos do porto reuniam-se nas docas para esperar pelos ratos e camundongos que saíam dos navios quando estes aportavam para pegar um carregamento de queijos de Cheshire. Isso fazia deles os gatos mais felizes do reino – por isso o sorriso.


Gatos de Cheshire:

Uma idéia intrigante é a que os gatos da raça British Blue, que são conhecidos por uma expressão sorridente, são descendentes de antigos gatos britânicos que devem ter sido originados em Cornwall, mas acabaram em Cheshire, levados com os humanos. Lewis Carroll poderia facilmente ser familiarizado com esses gatos e seus “sorrisos” devido ao tempo em que viveu em Cheshire.


Queijo:

Lewis Carroll, verdadeiro nome de Charles Lutwidge Dodgson, nasceu e cresceu no vilarejo de Cheshire, em Daresbury, até os 11 anos. Ele teria visto normalmente os queijos locais que eram moldados em várias formas de animais – uma delas era a de um gato que sorria. Essa é uma das teorias mais populares sobre o Gato que sorri criado por Carroll.


Tabuletas:

Outra das teorias principais é a de que havia um pintor de tabuletas em Cheshire que pintou leões sorrindo nas tabuletas de hospedarias da região. Essas tabuletas com leões e leopardos pintados eram comumente referidas como “gatos”.


Entalhaduras:

Joel Birenbaum publicou em 1992 uma grande descoberta. Numa visita à St. Peter’s Church, em Croft-on-Tees, onde o pai de Carroll era pároco, Birenbaum notou, na parede leste do coro, uma entalhadura na pedra da cabeça de um gato, flutuando no ar cerca de um metro acima do piso. Quando se ajoelhou para melhor observá-la e olhou para cima, a boca do gato apareceu como um largo sorriso. Outro caso é em um vilarejo à leste de Cheshire, chamado Pott Shringley, aonde uma igreja do século XIII também tem uma entalhadura na parede perto do púpito. Será que foi também vista pelo jovem Carroll?


Bobo da Côrte:

Houve certa vez um bobo de nome Cat Kaitlin, vindo de Cheshire, e como as pessoas queriam ser tão alegres como ele parecia ser, o termo “sorrir como um gato de Cheshire” foi atribuído a ele. Esforços para descobrir se realmente existiu tal bobo não trouxeram resultados, portanto essa é a explicação menos provável.


Jogo de Tabuleiro:

Uma possibilidade interessante – e bastante provável – é que Carroll conhecia os “sorrisos” dos gatos da raça British Blue e incorporou isso a um jogo de dados que ele inventara para divertir suas amiguinhas. Ele fez referências fantásticas para coisas que seriam familiares para as crianças – e por isso seu jogo se tornou “Alice’s Cheshire Cat”. Conforme o jogo progredia no tabuleiro a cabeça do gato gradualmente desaparecia, sobrando apenas o sorriso."

De toda forma, seja qual tenha sido a inspiração do autor, O Gato de Cheshire continua sendo uma das criaturas mais intrigantes, e adoráveis, diga-se de passagem. O sorriso, sua forma de expressão e principalmente, sua forma de desaparecer vão continuar encantando gerações.


0 comentários:

Postar um comentário

 
Template Free por Cantinho do Blog.Quer um template personalizado para o seu blog? Clique Aqui »